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O Espelho - Machado de Assis



Jacobina é um homem de 45 anos e de origem humilde, que conseguiu subir na vida por conta de uma nomeação a um posto militar. Certo dia estava com mais quatro amigos em uma casa debatendo sobre a alma, o universo e outros assuntos. Jacobina, porém, mantinha-se calado e parecia não estar muito interessado no assunto. Quando um dos presentes exige que ele dê sua opinião, Jacobina diz que irá contar um episódio de sua vida. Ele pretendia defender sua teoria de que cada pessoa possui duas almas: uma exterior e outra interior.

Aos 25 anos, Jacobina foi nomeado Alferes da Guarda Nacional, o que lhe garantiu uma mudança significativa de status. Sua família passou a elogiá-lo e a se orgulhar dele, e agora era o "Sr. Alferes". Um dia sua tia Marcolina o chama para ir até o sítio onde ela morava. Por conta do status de seu sobrinho, ela lhe oferece um grande espelho, que pertenceu a Família Real Portuguesa e melhor mobília da casa, e o coloca no quarto destinado a Jacobina. A partir de então tudo mudou em sua vida. A percepção que tinha de si mesmo passou a ser aquela que outros tinham dele, e a pessoa que Jacobina era não mais existia. 

Pouco tempo depois de chegar ao sítio, Marcolina saiu de viagem. Aproveitando a ausência dela, os escravos fugiram e Jacobina viu-se sozinho no sítio. Assim, passou os dias perdido nas sombras da solidão e angustiado por ter perdido a sua "alma exterior", fruto da imagem que os outros faziam dele. Em certo momento ele decide olhar o espelho e percebe que a imagem ali refletida estava corrompida e difusa, assim como a imagem que ele fazia de si mesmo na ausência dos outros.

Não conseguindo enxergar a si mesmo com nitidez, Jacobina resolve vestir sua farda e olhar-se no espelho. Dessa vez a imagem refletida era nítida e com clareza de detalhes e contornos. Recuperando, assim, a "alma exterior" que preenchia sua "alma interior", Jacobina conseguiu evitar a solidão nos dias que se passaram.

Terminado o relato de sua história, Jacobina vai embora e deixa seus amigos em um silêncio reflexivo. 


Imagem retirada do blog nephalasuniversomgico

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Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

As Cerejas - Lygia Fagundes Telles



Em "As cerejas", Lygia, narra uma pequena parte da vida de uma garota, chamada Júlia. A mesma vive em uma chácara com sua Madrinha, com Dionísia, a empregada. Nas férias, recebe a visita inesperada de seu primo Marcelo e de Tia Olívia.
Tia Olívia, aparenta ser uma mulher muito fina e acostumada com luxo. Acima do decote do vestido carregava duas cerejas de cera, uma em cada seio. Marcelo muito admirado por Júlia, é mais simples,  adora cavalgar e aparenta não gostar muito de Tia Olívia, que para ele, é muito vulgar. O clímax da história ocorre numa noite de chuva, quando acaba-se a luz. Júlia vai até o quarto de Tia Olívia, para entregar-lhe um maço de velas. Ao entrar no quarto, tem a impressão de ver a silhueta de dois corpos entrelaçados no escuro.
Na mesma noite, fica doente. Marcelo vai embora sem despedidas. Tia Olívia, vai ao quarto de Júlia e lhe entrega uma de suas "cerejas".


Imagem retirada do site wikipedia.com

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Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

Laços de Família - Clarice Lispector

Após duas semanas de visita, Catarina leva a mãe à rodoviária. Sua mãe estragara o neto, magro e nervoso, com muitas guloseimas e faltara com o genro, Antônio. No táxi, em meio de uma situação monótona e rotineira, uma sacudida inesperada aproxima fisicamente a mãe e a filha, algo próximo de um abraço.
Despedem-se de modo convencional sem que a vertigem daquela revelação de um gesto de afeto reprimido se apague. Catarina ao chegar em casa, é chamada de mãe pelo filho, o que nunca havia acontecido ( ou pode ter acontecido, porém ela nunca havia percebido ). Depois disso, saem para um passeio.


Após duas semanas de visita, Catarina leva a mãe à rodoviária. Sua mãe estragara o neto, magro e nervoso, com muitas guloseimas e faltara com o genro, Antônio. No táxi, em meio de uma situação monótona e rotineira, uma sacudida inesperada aproxima fisicamente a mãe e a filha, algo próximo de um abraço


Imagem retirada do site http://andremansur.com

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Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

Documentário - Momento Ambiental : Desmatamento

Com continuação á busca de fatores cotidianos relacionados ao livro "Ekoaboka", tivemos que encontrar algum filme que tivesse relação com algum capítulo do livro. Para essa tarefa, escolhemos novamente o capítulo três.

  A relação entre o vídeo e o livro também seria a questão do desmatamento. No livro é abordado esse tema no momento em que Alex vai caçar com os índios Abakêbyra e acaba encontrando uma madereira ilegal desmatando a floresta Amazônia.

 Assista o trecho do documentário passado em sala:


Música - Amazônia, de Roberto Carlos


Uma das propostas do trabalho com o livro "Ekoaboka", foi encontrar uma música relacionada á algum capítulo do livro. Meu grupo selecionou a música "Amazônia" do Roberto Carlos e a relacionou com o capitulo três do livro.

  
  A relação apresentada entre a música “Amazônia” de Roberto Carlos  com o terceiro capítulo “Encontros”, são que ambas falam do desmatamento na floresta Amazônica.


  Há um momento em que Alex sai pela mata com alguns índios Abakêbyra para caçar. Após aproximadamente duas horas andando, alcançaram um antigo povoado ribeirinho, abandonado pelos moradores. Alex avista uns desconhecidos que saem de uma casa em ruínas, sobem numa espécie de trator e vão embora. Na lateral do veículo era possível ler a sigla ATC ( Asian Timber Corporation ). Uma madeireira asiática estava interessada no território dos abakêbyra. O Cacique Apoena há muito brigava com o governo, a fim de impedir que algum corrupto venda aquelas terras ricas em fauna e flora. Alex já havia visto uma reportagem na TV sobre os cupins asiáticos. Empresas que vinham e desmatavam áreas imensas da floresta para exportar madeira de volta para o seu continente. Eles não respeitavam a lei que exige o plantio de uma árvore a cada derrubada

 Veja a música:

Notícia - Alertas de degradação da Amazônia aumentam em 26 %


De agosto de 2012 a fevereiro deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) registrou um aumento de 26,8% no número de alertas de degradação ambiental na floresta amazônica, em razão de incêndios, retirada seletiva de árvores ou de corte raso.
A medição foi feita com base no sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que funciona com base em imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os Estados do Mato Grosso e Pará lideraram o ranking, concentrando cerca de 70% desses alertas.
  Os dados foram divulgados em entrevista ontem pelo presidente do IBAMA, Volney Zanardi. Ele disse que o sistema permitiu a apreensão recorde de madeira na região, por meio da Operação Onda Verde, e subsidiou mudanças radicais na fiscalização, que agora é feita de forma mais ágil nos 365 dias do ano, inclusive na estação das chuvas, pegando os desmatadores de surpresa.
  Desmate. Só no Pará foram apreendidos 22 mil metros cúbicos de madeira em fevereiro, 50% mais do que no ano passado. Desse total, 16 mil metros cúbicos foram apreendidos nas regiões de Anapu e Aruará, no sudoeste do Pará.
Apesar do crescimento dos alertas em relação ao ano anterior, o IBAMA acredita que não houve aumento de desmatamento.
  "Esperamos que tenha havido estagnação, ou mesmo redução na taxa de desmatamento, que será conhecida em julho", disse o diretor de Proteção Ambiental do órgão, Luciano Meneses Evaristo. Essa taxa é calculada com base no sistema Prodes, divulgado pelo INPE anualmente. Com imagens de alta resolução, ele mede o corte raso e mostra o quanto da floresta foi de fato destruída pelos devastadores.

  Já o Deter, segundo Evaristo, traz um componente de degradação florestal que pode se transformar ou não em desmatamento. "Só depois que o INPE fizer o monitoramento da imagem de alta resolução, vai ficar claro se aquela degradação foi para o desmatamento, com corte raso, ou se foi causada, por exemplo, por queimadas ou incêndios, que ocorrem de forma cíclica no Brasil, mas que após as chuvas a vegetação volta a se recompor", explicou. 

Essa notícia escrita por Vannildo Mendes, Brasília  e publicada no O Estado De S.Paulo também faz parte do trabalho com o livro "Ekoaboka". Assim como a música e o documentário, tem relação com o capítulo três do livro e o desmatamento.

Soneto Acerca do Livro Ekoaboka - Bem-me-quer , mal-me-quer



Bem-me-quer
Ele tira a pétala da flor.
Mal-me-quer
Arrepio-me e sinto calor.

Bem-me-quer
Arregalei os olhos, acuada.
Mal-me-quer
Porque ele não pegou uma flor mais despetalada?

Bem-me-quer
É agora, tem que ser agora!
Mal-me-quer.

Bem-te-quero!
E o beijo tão esperado,
Dei em meu amado.

Nessa  tarefa, tivemos que reescrever algum trecho do livro em forma de soneto. Meu grupo escolheu novamente o capítulo três, porém se refere á parte em que Chantal vai atrás de Catu, e como uma forma de se desculpar, faz a brincadeira do "Bem-me-quer, mal-me-quer" com seu amado.

Amor - Clarice Lispector


Imagem retirada do blog memoriasdomar



Ana era uma dona de casa preocupada com seus afazeres rotineiros. Tinha marido, filhos e morava em uma boa casa. Certo dia, saiu para fazer compras para o jantar e, ao retornar para casa, já dentro de um bonde, foi surpreendida por um cego parado no ponto, que mascava chicletes com muita naturalidade. Isso a despertou para novas sensações e sentimentos.
Quando o bonde voltou a andar, Ana deixou cair as compras. Passageiros recolheram o que ficou espalhado, depois seguiram viagem. A distração era tão grande, que Ana acabou perdendo o ponto que a faria retornar para casa, por isso, desceu próximo ao Jardim Botânico. Ficou toda a tarde observando cada detalhe do local, pássaros, insetos, folhas, flores, terra e vento. Em certo momento, lembrou dos filhos, do marido e do jantar, o que a fez correr. 
Assim que chegou, também passou a ver o filho, o marido e a própria casa de maneira diferente, parecia que o amor por todos havia aumentado. Jantaram com amigos e crianças. Depois, Ana e o marido foram dormir.


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Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.


Poema acerca do texto " Curumim Poranga "

 
Imagem retirada do site monica.com.br

Língua de Índio

Eu estava na internet a navegar
E com um índio comecei a conversar
Disse a ele que tupi queria aprender
Rindo, ele pôs-se a escrever

Menino da cidade
Língua de índio já sabe falar
O tupi está presente nos lábios da sociedade
É só com atenção você escutar

Pirão, Jabuticaba, Mandioca
Caju, Maracujá, Pipoca
Ipiranga, Tietê, Oca

Entusiasmado eu fiquei
Mas sem entender nada, continuei
E pensei: Quantas palavras de índio eu já falei !


Soneto acerca do texto "Curumim Poranga" disponibilizado aos alunos pela professora Ilvanita. O texto relatava a conversa de um menino da cidade e um decendente de índio que morava em Manaus.

Produção Textual Avaliada pela Professora Ilva, realizada no dia 13/03/2013

Tarde Demais

  Era uma tarde de sábado. Esther estava com o braço direito trançado ao braço esquerdo de seu pai. Nervosismo e ansiedade, tomavam conta de seu corpo e sua mente. As portas se abriram. A clássica trilha sonora inundou a igreja. Todos levantaram e observaram Esther caminhando em direção ao altar com olhar de admiração.
  Esther estava esplêndida, com um longo vestido tomara que caia, branco como a neve, infestado de miçangas brilhantes. Seus lábios estavam vermelhos como a decoração da igreja e como o buquê de rosas que carregava em suas mãos. Ela estava a ponto de realizar um sonho, após vinte e sete anos de espera.
  A música parou. O padre deu início a  cerimônia. Um largo sorriso formou-se nos lábios de Lucas quando avista os olhos verdes-oliva de sua futura esposa.
  Esther lembrou-se das pessoas especiais de sua vida. Sua mãe e suas duas irmãs, que estavam no altar como madrinhas de honra. Seu irmão que havia falecido há cinco anos. Seus colegas do escritório de advocacia. E João, seu melhor amigo, cujo já tivera momentos de intimidade antes de seu noivado com Lucas. Apesar de sua felicidade, ela ainda estava confusa em relação ao amor de sua vida. Lucas ou João? Ela não sabia quem era o seu príncipe encantado.
  Esther Almeida, você promete amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias de sua vida ? Ela engole seco. Seus lábios secam. Está completamente muda.
  Um som de desespero escapa da boca da moça. Há uma moto Harley Davison do lado de fora da igreja. Em cima dela, está João, observando-a. Esther está tonta. Os olhos de Lucas estão quase transbordando. Ele aguardara a resposta, assim como todos os convidados. Com tudo girando e fora de si, Esther, atordoada, correu em direção a moto. Subiu e desapareceu, deixando tudo para trás.
  Dois meses se passaram. Todos os dias Esther recolocava os vestido de noiva e arrependimento jorrava de seus olhos. Foi um erro irreversível. Agora era tarde demais. João a abandonara duas semanas depois da data do casamento.
 Com as duas mão sobre a barriga de quatro meses, quase cinco, ela sussurrou : "Ele é seu Lucas, e eu também gostaria de voltar a ser".

Imagem retirada do site papodenoiva.com

Venha ver o Pôr-do-Sol - Lygia Fagundes Telles

Ricardo e Raquel eram dois namorados quando jovens. Mas ela trocou-o por um homem mais velho, porém mais rico. Ricardo nunca se conformou. Convidou-a então para um encontro, um último pôr-do-sol, num cemitério abandonado de um vilarejo. Ela vai de táxi, anda vários metros a pé, pois o chão é um barro e o carro não chega até lá. Começam a conversar e Ricardo leva-a para dentro do cemitério, de braços dados, contando histórias antigas de ambos. Raquel tem medo. Ele diz a ela então que nada temia por que com ele não há problema, e lhe conta a história de uma prima, apaixonada por ele, que ela o amou ,ele não, e ela morreu quando tinha quinze anos. Ela o provoca, diz que agora tem um namorado rico, dá tudo o que ela quer. O ódio o consome, mas ele se controla. Vão visitar o túmulo da prima de Ricardo. Chegam ao túmulo, Ricardo pede para que Raquel observe o quanto a prima era bonita, compara a duas, para logo depois irem embora. Raquel entra na capelinha que dá acesso ao túmulo, arrepia-se toda, treme de frio. É escuro o lugar, mas ela acende um fósforo,  alimentando ainda mais o ódio de Ricardo. Aceso o fósforo, lê a inscrição no túmulo da prima e faz umas contas matemáticas: Maria Emília  nascida em 1892 e falecida ao quinze anos e... Mas ela jamais poderia ser sua namorada... ela olha para trás, vendo Ricardo com as chaves do túmulo na mão e rindo. Um sinistro pressentimento passa por sua cabeça. Ricardo fecha as portas do túmulo. Ela grita enquanto ele chacoalha as chaves e vai embora. Ela grita, grita, se desespera.
Ricardo se afasta e os gritos vão se distanciando, mas ninguém ouve.
Raquel grita, enquanto Ricardo passa pelo portão, e fecha-o. Ninguém mais a ouve.


Imagem retirada do globo.com



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O Búfalo - Clarice Lispector

  Uma mulher revoltada foi até o zoológico procurar o ódio. Visitou os tranquilos leões, a inocente girafa, os felizes macacos, o bondoso elefante, o paciente camelo, e em nenhum deles achou o que fora buscou. Experimentou a montanha-russa. Sentiu alegria e o seu corpo sacudindo-se no ar. 
  Enfim, achou o negro búfalo de costas, passeando com seus quadris estreitos, seu pescoço grosso, sua grande cabeça com chifres, duro músculo do corpo.  O coração da mulher bateu oco entre o estômago e os intestinos, com tranquila raiva, com a sensação de fêmea desprezada. Seus olhos encontraram os olhos do búfalo e seu corpo caiu ao chão. Ela estava buscando a si mesma.


Imagem retirada do site achetudoeregiao.com

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Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

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